Como um filme pode atingir a uma pessoa? De diversas maneiras. Eu fui atingido por um vício de ver mais e mais filmes e ao vê-los é inevitável querer analisá-los. Antes de tudo, senti-los. Sentindo-os, as vezes fico com uma vontade inevitável de escrever algo sobre eles.
domingo, 20 de novembro de 2011
Sobre o filme "Cinema, aspirinas e urubus"
Antes de mais nada achei o tema do filme fantástico. Em verdade, nada de novo. Tenho certeza que o roteirista se inspirou muito no filme "No decurso do tempo", de Win Wenders. Mas o cenário brasileiro, claro, dá uma repaginada em qualquer estória.
Alias, até o alemão no volante remete ao filme de Wenders, mas a presença nordestina transforma a narrativa. O fato de um germânico vender aspirinas no interiorzão do país através de filmes cinematográficos tirando literalmente de quem não tem para dar a deus sabe se lá para quem, é qualquer coisa fora de série. Roteiro boníssimo, como aliás é o forte das boas obras brasileiras, fazendo-nos sentar para acompanharmos realmente uma história.
Eu diria, vejam os dois. Por uma questão de opção, Win Wenders fez o filme dele, em 1973, em preto e branco, cor que, aliás, caiu muito bem no sertão nordestino de Glauber. Todavia, teve muita crueza no file das aspirinas também, e beleza e diálogos ótimos e ainda mais uma maneira de se ver a vida diante da morte. Bacana demais.
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